Blog do Edmundo

Vasco e Palmeiras perto de quebrar o jejum

Edmundo

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Olá, amigos! Inicio hoje a minha trajetória neste espaço escrevendo sobre os meus clubes do coração, onde tive a oportunidade de jogar e ganhar alguns dos títulos mais importantes da minha carreira.

Vasco e Palmeiras têm tudo para quebrar no próximo domingo um longo jejum sem títulos estaduais. Em São Januário, o último caneco veio em 2003. Já no Palestra Itália, o mais recente foi em 2008. Desta vez, ambos venceram suas primeiras partidas das finais pelo mesmo placar, 1 a 0, e agora precisam de apenas um empate para garantir o título.

Falar de Vasco e Palmeiras me traz a lembrança da única final entre os clubes na qual estive em campo. Em 1997, os Gigantes decidiram o Campeonato Brasileiro e eu vestia a camisa cruz-maltina, mas poderia ter sido diferente… Após a campanha vitoriosa da Copa América no meio do ano, com a Seleção Brasileira, acertei a minha volta para o Palmeiras, para a disputa do Brasileirão. Mas, antes de concretizar o retorno, eis que a Fiorentina apareceu e me comprou junto ao Vasco, com o acordo que eu permanecesse na Colina até o fim do ano. Aquele campeonato especial poderia ter sido com a camisa do Verdão.

O ano de 1997, com o título da Copa América com a Seleção, e o Campeonato Brasileiro com o Vasco, vencendo rivais históricos como o Flamengo, na semifinal, marcando três gols naquela goleada que é lembrada até hoje com muito carinho pela torcida vascaína, são motivos de muito orgulho e gratidão. Terminei a temporada como artilheiro do Brasileirão, com 29 gols, fui premiado com a Bola de Ouro e eleito o melhor centroavante das Américas, representando o meu time de infância e o meu país.

Vasco e Palmeiras são Gigantes que estavam adormecidos e por ter uma ligação muito forte com essas duas equipes, eu acabo sofrendo como torcedor. Mas agora é a minha hora de estar feliz. O futebol é isso, um sentimento inexplicável que move milhões de torcedores apaixonados por todo o país. Me recordo com clareza até hoje da enorme alegria que senti naquele Maracanã lotado, em 1982, quando a tia Helena me levou, ainda criança, para assistir o Vasco ser campeão estadual em uma final histórica contra o maior rival, vencida por 1 a 0 com gol de cabeça do Marquinho.

E domingo estarei no Maracanã, comentando a final carioca na BAND e torcendo por um grande espetáculo, dentro e fora de campo. Apesar da vantagem vascaína, o Botafogo tem total condição de reverter o resultado e sagrar-se campeão. Assim como na Vila Belmiro, onde o Santos, empurrado pela sua torcida, vai pra cima do Palmeiras.

Na próxima semana eu volto para falar sobre os campeões estaduais de Rio e São Paulo, e espero estar ainda mais feliz.